Carta Aberta à Presidência e Diretorias do CNPq
O LOCKDOWN AFETA o CNPq; O MOMENTO É DE SALVAR VIDAS
Prezados Presidente e Diretores do CNPq,
Viemos por meio dessa carta aberta, expressar nossa preocupação com a situação da contaminação e mortes por coronavírus no Brasil, no Distrito Federal e em nossa instituição e pedir sensibilidade aos gestores com o momento considerado crítico e que pode causar ainda mais tragédias do que as que já vivenciamos até aqui. Exemplos trágicos sobre o contágio e mortes não faltam.
Servidores e colaboradores que estão indo ao CNPq presencialmente têm mostrado medo e insegurança. Então todos preocupados com o crescimento da pandemia e com as novas variações do COVID-19, consideradas pelos especialistas como mais contagiosas, mais letais, afetando um leque de pessoas muito maior do que o que era conhecido até então. Na semana em que o Brasil atinge a triste marca de recorde diário de mortes (são mais de 1.700 vidas em 24 horas), Brasília enfrenta graves problemas com leitos de UTI (mais de 95% de ocupação) e decretou lockdown.
O vírus, como a ciência comprova, atua além de questões burocráticas, além da definição de esferas de competência (federal, estadual ou municipal). Em nossa avaliação o oficio Circular SEI nº 699/2021/ME de 28 de fevereiro é de uma “infelicidade” tremenda, para não usar outros adjetivos, ao desconsiderar em seu terceiro paragrafo os decretos publicados pelo Governo do Distrito Federal
A situação é grave. Nosso pleito, assim como das principais entidades representativas de servidores, é simples. Subscrevemos a Nota Técnica da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ANESP):
“Quem tem condição de ficar em casa, deve ficar. Quanto menos contato social, menos gente se contamina. O trabalho presencial é uma fonte grave de contágio: a pessoa vai ao trabalho de carro ou transporte coletivo e fica em um ambiente fechado com outras pessoas por muito tempo. Medidas de precaução como distanciamento, ampliação da ventilação, uso de máscara, redução de horário e mudanças nos horários de entrada e saída são ações que contribuem para reduzir os riscos, mas não se compara ao trabalho remoto, em casa. Se a atividade pode ser desempenhada a distância sem prejuízo para o serviço, esse risco é totalmente desnecessário. Cada um de nós tem uma responsabilidade individual e coletiva no combate à pandemia. Quem pode trabalhar remotamente ajuda quem não tem essa opção. Cada organização, pública ou privada, deve identificar quais atividades podem ser realizadas remotamente e quais exigem presença física, privilegiando a modalidade remota para tudo que for possível enquanto a situação não estiver segura.”
Certos de contarmos com vossa compreensão neste momento crítico e com adoção de medidas tais como citado acima, nos colocamos sempre à disposição para o diálogo aberto.
Cordialmente,
Diretoria Executiva da ASCON